A sua polpa totalmente branca é constituída por uma trama de fios cruzados que terminam em filamentos que unem os pólos e onde se formam as suas pretas pevides . Estes filamentos, brancos ficam amarelos com o tempo e, talvez, digo eu, devido ao seu elevado teor de vitamina A tem um desagradável sabor a peixe devendo por isso ser totalmente removidos sem utilização de facas.
Não sei se por reação química se pelo corte dos tais filamentos a abóbora de chila reage ao metal e fica com paladar a peixe, não se podendo por isso usar a faca na sua preparação, falta saber se a utilização de uma faca cerâmica alterará o paladar.
Ingredientes
1 abóbora chila (Cucurbita ficifolia)
açúcar peso igual ao da abóbora cozida e escorrida com o pano
sal, q.b.
Preparação
Começar por partir a abobora batendo com ela numa superfície dura, pode ser no chão ou na bancada, separar todos os pedaços e pacientemente retirar todas as pevides e filamentos amarelos (ver na imagem).
Lavar repetidamente em água fria abundante até deixar de fazer espuma e deixar de molho em água até ao dia seguinte.
Passadas 24 horas, escorrer a água e, agora sim numa panela normal, cozer a abobora em água e sal. Quando a casca de cerca de 2 a 3mm de espessura se soltar da polpa, escorrer e deixar arrefecer o suficiente para conseguir separar todos os fios. Atenção, toda a polpa é formada por fios que, ao ser apertados, se separam, são estes os fios que se devem separar.
Escorrer a massa de fios num pano e pesar.
Levar ao lume o açúcar com água q.b. para o molhar por igual até fazer ponto pérola (ver receita), juntar os fios de abóbora e deixar ferver, mexendo sempre até estar bem ligado.
Ainda quente, enfrascar, rolhar e virar ao contrário até arrefecer, o vácuo criado mantém o doce mais tempo.
Fotografias de AM
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